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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma visão crítica da Proclamação da República


Uma visão crítica da proclamação da República
Longe de ser um fato pontual, a instauração do novo modo de governo foi consequência de uma série de fatores. Confira como expor essa realidade aos alunos, privilegiando a visão da História como  processo.
Nas clássicas representações do golpe militar que marcou o fim da Monarquia no Brasil e o início da República, a imagem do marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), erguendo seu quepe cheio de glórias, é a que prevalece. No quadro de Henrique Bernardelli (1857-1936 mostrado abaixo,), o militar é propositadamente recuperado como a figura central, o representante maior dos ideais de liberdade associados ao novo período. Esses e outros retratos da época ajudaram a disseminar uma visão parcial do episódio, apagando outros personagens que desempenharam papel relevante na mudança. Iluminar esses grupos esquecidos é o ponto de partida para apresentar uma visão crítica da proclamação da República aos estudantes.
                                      
O ponto fundamental é esclarecer que, longe de ser um fato pontual, a instauração do novo modo de governo decorre de uma série de fatores que contribuíram para criar um cenário propício à República (veja o quadro abaixo). Expor essa realidade aos alunos, privilegiando a visão de processo histórico, permite um entendimento mais profundo da realidade política, econômica e social da época. Com base nessa revisão histórica, o próprio papel dos militares no episódio passa a ser relativizado, uma vez que outros agentes com importante função no gradativo enfraquecimento do antigo governo são trazidos à luz.
É possível, por exemplo, reavaliar o que de fato ocorreu no dia da proclamação. Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram circular o boato de que o governo imperial havia mandado prender Deodoro e o tenente-coronel Benjamin Constant, líder dos oficiais republicanos. O objetivo era instigar o marechal, um militar de prestígio, a comandar um golpe contra a monarquia. Deu certo: no dia 15, ele reuniu algumas tropas, que em seguida rumaram para o centro do Rio de Janeiro e depuseram os ministros de dom Pedro II.

O imperador, que estava em Petrópolis, a 72 quilômetros do Rio de Janeiro, retornou para a capital na tentativa de formar um novo ministério. Mas, ao receber um comunicado dos golpistas informando sobre a proclamação da República e pedindo que deixasse o país, não ofereceu resistência e partiu para a Europa. Tamanho era o temor de que o Império pudesse ser restaurado que o banimento da família real durou décadas: apenas em 1921 os herdeiros diretos do imperador deposto foram finalmente autorizados a pisar em solo brasileiro.

Vale discutir o peso da participação de Deodoro da Fonseca explicando alguns detalhes dos bastidores do acontecimento. Fosse ou não ele a figura central do fato, que não enfrentou praticamente nenhuma resistência - daí as representações não o mostrarem de espada em punho -, muito provavelmente a história teria o mesmo desfecho. Conte que o "herói da proclamação" fez parte do Estado monárquico e era funcionário de confiança de dom Pedro II. Relutou em instaurar o novo sistema e aderiu à causa dias antes.

No dia fatídico, ele saiu de casa praticamente carregado por seus companheiros - Deodoro estava doente, com problemas respiratórios. Cavalgou quase a contragosto, ameaçado pela ideia de que o governo imperial, ao saber dos boatos sobre a proclamação, pretendesse reorganizar a Guarda Nacional e fortalecer a polícia do Rio de Janeiro para se contrapor ao Exército. Foi o republicano José do Patrocínio que, horas mais tarde, dirigiu-se à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, presidindo o ato solene de proclamação da República. Deodoro, a essa altura, estaria em casa, possivelmente assinando a carta que chegaria a seu amigo pessoal, o imperador Pedro II, informando, com grande pesar, o banimento da família real.

Publicado em NOVA ESCOLA Edição 225, Setembro 2009. Título original: Bastidores da República

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mulher falando de futebol- Brasil e Argentina

O jogo de ontem a noite poderia ter sido apenas mais um jogo contra a arque rival Argentina, se não fossem alguns detalhes, ou melhor os grandes lances do jogo como se diz no futebol. A começar pelo coro entonado pela torcida nortista que lotou o estádio do Mangueirão em Belém, onde quem não chorou ou arrepiou-se era Argentino ou Paraguai, no entanto para uma jovem seleção que busca-se entona-se penso que a emoção e o afeto demonstrado pela torcida paraense contribuiu para que os jovens craques dessem seu melhor e até chorasse em público de emoção, retribuindo com uma belíssima vitória de 2X0 para o Brasil. 

Apesar desse jogo da seleção em Belém me parecer um prêmio de consolação para o Pará, por não ter sido escolhido para sediar jogos da copa de 2014, acredito que, se a intenção foi consolar tenho certeza que quem ficou desconsolada foi a CBF, em perceber que cometeu uma grande injustiça com a torcida paraense. No entanto espera-se que a emoção e a motivação que a torcida paraense demonstrou neste histórico jogo do Superclássico das Américas, sirva de exemplos para as demais torcidas brasileira e que Manaus faça melhor que Belém na copa, mesmo eu acreditando que é impossível tal coisa. E olha que sou uma pobre mulher falando de futebol.

Emocionadamente;







Wanda Borges

terça-feira, 20 de setembro de 2011

POEMA DE QUINTA NO JARI

O projeto cultural POEMA DE QUINTA, originalmente idealizado em Macapá, por um grupo de universitários, poetas e apreciadores da poesia, música e gastronomia, e que tem como ponto de encontro o Parque do Forte, sempre as quintas-feiras, deu o ar de sua graça, bom gosto e iniciativa em Laranjal do Jari, no último sábado dia 17/09 na praça central de cidade. Onde tiveram a oportunidade de mostrar seus talentos e o talento de alguns poetas do Jari como os professores Agnaldo Amaral e Márcio Carvalho dentre outros mais. Foi surpreendente e simples pois espontaneamente as pessoas declamavam seus poemas ou recorriam ao varal onde tinha várias opções em poesia, tudo muito natural e dinâmico.

Segundo a poetisa Janete Lacerda o projeto saiu da esfera de Macapá com o objetivo de disseminá-lo por todo o Estado e também para as pessoas possam dar continuidade a essea bela iniciativa, sendo que cada local poderá dar sua personalidade ao projeto. Agora só resta esperarmos pelos frutos dessa iniciativa em Laranjal do Jari.

Parabéns aos poetas de Quinta pelo belo exemplo e incentivo a  música, poesia e a leitura.

Wanda Borges

 
   
  

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Escola Sônia Henriques Barreto: Exemplo de cidadania

Nesta sexta-feria dia 16 de setembro a partir das 8:00 h, teve início o importante projeto pedagógico denominado Projeto Cidadão encabeçados pelos professores de História da escola Estadual Sônia Henriques Barreto, sobre a coordenação do professor Erasmo Silva. Este projeto objetiva atender a comunidade escolar nesta primeira etapa com a emissão de documentos pessoais como RG, CPF e CT. Estes serviços estarão disponíveis o dia todo na escola S H B. A próxima etapa desse projeto será a educação no transito. Parabéns a Escola Sônia Henriques Barreto pela excelente iniciativa e pelo exemplo de cidadania.

Wanda Borges

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Escola Sônia H Barreto em festa

Tenho a honra de informar que a Escola Estadual Sônia Henriques Barreto, escola que faço parte com muito orgulho e amor. Teve  o melhor desempenho entre as escolas públicas do município de Laranjal do jari  no Enem 2010 com a nota 538,81, anunciada no dia 12 de setembro pelo INEP ( Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa). 

Esse ano também já comemoramos o melhor IDEB do Jari e o terceiro maior do Estado do Amapá com a valorosa 3,4.  Essas conquistas é o resultado de muito trabalho, empenho e dedicação da comunidade escolar S H B. Que venham novos desafios e que possamos continuar transformando a realidade social desta especial comunidade escolar.

Quero deixar um PARABÉNS especial  aos educadores  e alunos do Ensino Médio que trouxeram esse troféu para todos da SH B.

Valeu!!!!!!!!


Wanda Borges

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Amapá: Histórias e Memórias



A região que hoje corresponde ao Estado do Amapá, originalmente foi povoada por grupos indígenas de troncos Aruaque, entre os quais destacam-se Waiãpis, Palicures e Tucujus. Em 1637, a região que é hoje o estado de Amapá foi dada a um homem português, Bento Manuel Parente que tinha a missão de desenvolver a Capitania do Cabo Norte, porém fracassou como as demais capitanias e ao término do mesmo século, a região foi invadida pelo ingleses e holandeses que foram expulsos pelos portugueses. No 18º século, os franceses reivindicaram também a possessão da área e, em 1713, o Tratado de Utrecht estabeleceu as fronteiras entre o Brasil e a Guiana francesa que, não obstante, não foi honrado pelos franceses. Os portugueses construíram então uma fortaleza cujo nome foi de São José de Macapá, para proteger os limites de invasão francesa. 

Determinado o território, começou a crescer no século XIX, devido ambos pela descoberta de ouro na área e por ocasião do ciclo da Borracha, que naquele momento, tinha alcançado preços internacionais altos. A descoberta de recursos ricos, não obstante, causou as disputas territoriais para crescer e dá lugar à invasão francesa, em maio de 1895. Em 1 de janeiro de 1900, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, deu possessão da região ao Brasil e o território foi incorporado ao estado de Pará, sob o nome de Amapá.

Em plena Segunda Guerra Mundial, visando fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico e com a meta integrar para não entregar, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá. Em 1945, a descoberta de grandes jazidas de manganês em Serra do Navio tremeu a economia local e norteou uma política econômica para a região. 

Por uma divisão territorial nova, a porção de norte de Amapá do Rio de Cassiporé se tornou a Municipalidade de Oiapoque. Foi desmembrado novamente em dezembro de 1957, com o estabelecimento da municipalidade de Calçoene. O território do Amapá se tornou um estado através da Constituição de 5 de outubro de 1988.
 O Estado do Amapá possui, atualmente, 16 municípios. Na época em que foi criado (1943), eram apenas três (Macapá, Mazagão e Amapá). O quarto (Oiapoque) surgiu em 1945, e o quinto (Calçoene) em 1956. Em 1987 a Lei Federal nº 7.639 criou mais quatro: Ferreira Gomes, Laranjal do Jarí, Santana e Tartarugalzinho. Em 1992 foi a vez de Amapari (Lei nº 8), Cutias do Araguari (Lei nº 6), Itaubal (Lei nº 5), Porto Grande (Lei nº 3), Pracuúba (Lei nº 4) e Serra do Navio. Em 1994, pela Lei nº 171, surge o 16º município, com o nome de Vitória do Jarí. Sendo que as maiores economias e colégios eleitorais são: Macapá, Santana e Laranjal do Jari.

No entanto um desejo tem mobilizado a população amapaense que é justamente ver o Estado do Amapá fora das páginas policiais, pois nos últimos anos o Amapá mergulhou num mar de corrupção administrativa, graças a irresponsabilidade e má gestão do dinheiro por seus governantes. Por isso não desejo mais do que moralidade e responsabilidade social do poder público com a população e que o Amapá continue escrevendo ´novos capítulos em sua História primando por maior qualidade da saúde, segurança e educação. E que a corrupção e a impunidade não impere mais. 







quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fotos dos candidatos a gestores da Capiberibe


Profª Jodilene Fonseca chapa 02
                                                              
Prof. Geonildo Pereira chapa 01


Profª. Antônia Kobayashi chapa 03

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Gestão democrática Escola Raimunda Capiberibe/ 03/09/2011


Dia 03 se setembro de 2011 a Escola Municipal Raimunda Rodrigues Capiberibe, localizada no município de Laranjal do Jari com uma clientela de 1188 alunos e com um corpo,  técnico e apoio de mais de 50 pessoas. Viverá um momento impar na história da educação do Vale do Jari, que é justamente a eleição para diretor ou  seja  a primeira instituição de ensino a levantar a bandeira da gestão democrática na região. 

Esse momento histórico  construiu-se  a partir de um longo e rigoroso processo que se concretizará de fato e de direito com a eleição direta para gestor.

Falar desse processo democrático, e ver o desejo de uma comunidade escolar formada de aproximadamente três mil pessoas entre pais, alunos,  educadores e demais pessoal que compõe a comunidade escolar Raimunda Rodrigues Capiberibe.

Então você  que faz parte da comunidade Raimunda Capiberibe e ainda não se cadastrou, atenção hoje 30 de agosto é o último dia, por favor procure a escola e faça seu cadastro para sábado (03/09/) elegermos nosso primeiro gestor democraticamente.

Abraço!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Volta as aulas

Depois de longas e merecidas férias, iniciaram-se as aulas do segundo semestre do ano letivo de 2011 no Vale do Jari e com fé espera-se que nada mais possa atrapalhar este semestre, haja visto que os prejuizos com a enchente no Vale do Jari foram devastadores principalmente para as escolas que localizam-se na cidade baixa a parte afetada pela enchente. 

O objetivo agora e tentar recuperar o tempo perdido e proporcionar cada vez mais maior qualidade de ensino, e da condições necessárias para que os alunos do 3º ano do Ensino Médio possam garantir sua participação nos vestibulares com êxito e dinamismo. Sabe-se que a tarefa será árdua, mas não será impossível.

Observei uma relevane alta no material escolar, e fico me questionando meu salário desafado e sem poder de compra e preços dos bens de consumo só aumentando.

Deixo meu abraços aos alunos e colegas das Escola Estadual Sônia Henriques Barreto e Raimunda Capiberibe, onde tenho muito orgulho de fazer parte dessas equipes.

Um ótimo retorno as atividades escolares para todos e sucesso em seus trabalhos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eleição para Sinsepeap

Hoje dia 29 de junho está acontecendo em Macapá e em todos os municípios do Amapá eleições para nova diretoria do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá) Concorrem 6 chapas para este pleito. Em Laranjal do Jari a eleição acontece na escola Estadual Mineko Hayashida das 8:00 às 17:00, você que é sindicalizado não deixe de votar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Recadastramento do GEA

Amigos e colegas funcionários públicos do Estado do Amapá, amanhã dia 29 de junho inicia o recadastramento para todos os servidores públicos estaduais, compareçam a escola Estadual Mineko hayashida para efetuar pessoalmente seu cadastro, munidos dos seguintes documemntos:
Carteira de Identidade, CPF, Certidão de Nascimento e / ou Casamento, Pis/Pasep ,Título de Eleitor (com comprovante de última votação) , Diploma / Certificado, Comprovante de Residência, Decreto de Nomeação, Termo de Posse, Documento de Cessão E / ou À Disposição, Contra-Cheque, Portaria(s) de Licença(s), Registro de Nascimento de Dependentes / ou Sentença Judicial de Guarda ou Adoção,Declaração de Lotação, Documentos específicos dos Militares,Outros documentos que gostaria de apresentar. 

Não faltem esse recadastramento é obrigatório.
 

Inauguração do Centro Multimail SESI- Escola Raimunda Capiberibe

A escola municipal Raimunda Rodrigues Capiberibe foi a escola escolhida pelo SESI Amapá para a implantação da 283 unidade multimail do Projeto Sesi Indústria do Conhecimento. O objetivo deste projeto é proporcionar a população a oportunidade da pesquisa informatizada via mídia digitalizada e impressa num ambiente dinâmico e aconchegante. Esta unidade conta com vasto acervo de 3 mil títulos digitalizados e impressos.  A inauguração aconteceu no último dia 17 de junho.

Público alvo: São os trabalhadores da indústria seus dependentes e comunidade escolar .
O centro Multimail conta com 4 coordenadores capacitados para exercerem atendimento a comunidade.
Professores:  Agnaldo Amaral, Lucenilde dos Santos, Silvana Seguins e Wilson Haroldo Batista.





Funcionamento de segunda a sábado das 8: 00 as 12:00 e das 14:00 ás 18:00
Venham fazer uma visita e degustar de um vasto conhecimento.

Gestão democrática na Escola Raimunda R. Capiberibe

Sabe-se a adminstração pública é algo  que necessita de planejamento e tempo, por contas de tais questões a Escola Muncipal Raimunda Rodrigues Capiberibe situada em Laranjal do Jari, está galgando um dos seus maiores passos em prol da democracia e do fortalecimento da educação pública na região.

Ao realizar coerentemente o processo de gestão democrática no Vale do Jari. Tal feito a colocará nos anais da História e poderá nortear um novo modelo de gestão em Laranjal do Jari, a gestão democrática, aquela em que a comunidade escolar tem a oportunidade de escolher seus representantes e priorizar a qualidade de ensino, longe das questões polítcas partidárias. Pois as escolas não podem continuar sendo administradas como se fossem a extensão do partido A ou B que está no poder. As escolas devem primar sempre por uma educação democrática, justa, igualitárias e formar cidadão capazes de fazer uma leitura crítica de seu contexto social e de seu papel como cidadão.  

A eleição está prevista para o segundo semestre, onde foram inscritas três chapas, representadas por docentes que já trabalham na escola a mais de 2 anos, que são os Professores Antônia Koabayashi licenciada em Letras, Geonildo  Pereira licenciado em Letras  e Jodilene Silva licenciada em matemática. Que por sinal são ótimos profissionais e colocaram seus nomes para esta histórica jornada.


 

Eleição para conselho do Caixa Escolar S H B

Aconteceu hoje pela manhã dia 28 de junho na Escola Estadual Sônia Henriques Barreto a eleição para o pleito de dois anos do novo conselho do Caixa escolar. Tivemos duas chapas uma encabeçado pelo atual tesoureiro o Professor e secretário administrativo Edivan Vidal e a outra representada pelo professor Fibamar Pereira. A eleição ocorreu de forma democrática e dinâmica, onde a comunidade escolar participou ativamente e que teve com vencedor a chapa 02 representada pelo professor Ribamar Pereira que assume agora a Tesouraria do Caixa Escolar, tendo como o presidente o diretor e professor Juracy Brito. Desejo sorte e sucesso ao novo Conselho

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O que é assédio moral?

Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.
A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho...

Atualmente existem mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios do país. Vários projetos já foram aprovados e, entre eles, destacamos: São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entre outros. No âmbito estadual, o Rio de Janeiro, que, desde maio de 2002, condena esta prática. Existem projetos em tramitação nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Bahia, entre outros. No âmbito federal, há propostas de alteração do Código Penal e outros projetos de lei.

O que é humilhação?
Conceito: É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.

E o que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.
Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:
  1. repetição sistemática
  2. intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)
  3. direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)
  4. temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)
  5. degradação deliberada das condições de trabalho
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.
A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental*, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos paises desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. As perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial da Saúde, estas serão as décadas do ’mal estar na globalização", onde predominará depressões, angustias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas as políticas neoliberais.

Em nosso Estado o Amapá, esse assunto este assunto tem sido discutido entre a sociedade e sindicatos, inclusives já houve até manifestações públicas, devido a denúncia de vários educadores e servidores públicos em virtude de atitudes hostis e autoritárias de seus chefes.

Espera-se que não haja mais nenhum tipo de assédio moral contra qualquer pessoa e que todos possam trabalhar em paz e harmonia.
(*) ver texto da OIT sobre o assunto no link: http://www.ilo.org/public/spanish/bureau/inf/pr/2000/37.htm
Fonte: BARRETO, M. Uma jornada de humilhações. São Paulo: Fapesp; PUC, 2000.