Postagens populares

terça-feira, 31 de maio de 2011

BR 156- Terra do "Nem"

Já não bastasse os graves problemas de Laranjal do Jari com a enchente que já dura quase dois meses. A população ainda enfrenta outro drama, dessa vez com a BR 156, única estrada de terra batida que liga Laranjal do Jari a capital Macapá, que está praticamente intrafegável, pois somente carros grandes e traçados dão conta de passar diante das mais de 17 poças de água e de lama que estão espalhadas em todo trecho da estrada. O pior disso é o descaso e falta de sensibilidades dos gestores em relação a essa problemática, uma viagem que normalmente se fazia em 5 horas os 374 km, hoje leva de 12 a 15 horas e tornou-se um teste de paciência e de devoção a Jó.

Fiquei pensando com meus botões porque Laranjal do Jari está tão abandonado? Que pecado esse povo cometeu para merecer tanto descaso e calamidade? Seria o pecado das escolhas políticas erradas? Enfim estamos condenados a ser a terra do "NEM", ou seja, nem Estado e nem município agem ou direcionam políticas públicas em favor de sanar pelo menos as duas terríveis problemática ( Enchente e  BR 156).

Aguardem os próximos capítulos  da saga BR 156 e Enchente, pois ano que vem será um ano de eleição e muitas promessas virão, fiquemos de olhos bem abertos para não cometermos mais os mesmo erros e ficarmos mais 4 ou 8 a mercer de terríveis abandonos.

Boa viagem!!!!!!!!!!!
Wanda Borges

domingo, 29 de maio de 2011

Greve em Laranjal do Jari

Segundo informações as únicas três escolas estaduais funcinonando em Laranjal do Jari, deverão entrar em greve na próxima terça-feira 31/05, em apoio a classe em greve em Macapá e em defesa de melhores condiçoes de trabalho, salário e o fim do assédio moral aos servidores.

Jarizão/fotos/ Cachoeira de Santo Antônio








Eleição SINSEPEAP- Adiada

Infelizmente a eleição para nova diretoria do SINSEPEAP que iria ocorrer hoje 29/05 foi abruptamente adiada mediante liminar concedida a 03 que sentiu-se prejudicada com a ação judicial impetrada pela chapa 04 que tem como candidata a professora  Kátia Cilene de Mendonça Almeida, onde a mesma pediu a comissão eleitoral do Sinsepeap a impugnação da chapa 03 de Ivanéia  Souza Alves, segundo a denúncia alguns membros da chapa 03 não estariam aptos a concorrer ao pleito devido estarem com suas prestações de conta inadimplentes. Por conta de pendengas judiciais foi adiada a eleição e ainda não tem uma nova data para a mesma. Percebo que os apadrinhamentos políticos nas chapas estão tão evidentes e gerando  conflitos e impedindo o processo normal da eleição. 

sábado, 28 de maio de 2011

Amapá e a operação Mãos Limpas

O Amapá não sai das páginas policiais dos jornais brasileiros pelos mesmos motivos: CORRUPÇÃO. Deflagrada com a operação  MÃOS LIMPAS, em setembro de 2010,  quando foram presos  o ex-governador Pedro Paulo Dias, o ex-governador Waldez Góes, sua esposa a delegada e atual deputada federal Marília Góes, Júlio Miranda  conselheiro do tribunal de contas da união e mais 13 presos entre eles vários funcionários públicos que juntos integravam um esquema de corrupção e desvio de verba da educação, saúde, assistência social e segurança, segundo investigações da polícia federal houve o um  desvio de R$ 300 milhões. No entanto nenhum acusado permaneceu preso, porém restou para a população as consequências desses milhões desviado, um Estado sucateado.
No entanto a operação MÃOS LIMPAS, da conta de que está só no começo, pois uma nova investida foi feita em Macapá e novas denúncias, contra as superintendências federais da Agricultura, Aquicultura e Pesca do Estado em 23 de maio onde  foram expedidos 6 mandados de prisão, sendo 3 preventivas e 3 temporárias, inclusive houveram presos reincidentes como o senhor Ruy Carvalho superintendente federal. Essas investigações foram realizadas pela polícia federal com o aval do ministro João Otávio Noronha do Supremo Tribunal de Justiça.
Felizmente a operação Mãos Limpas ainda está em ação e hoje dia 28 de maio, voltou a Macapá, precisamente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão em casa de alguns conselheiros, ex-conselheiros e funcionários públicos em virtude de sérias denúncias de desvio de verbas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), 11 pessoas tiveram que acompanhar os agentes até a superintendência para prestar esclarecimentos. Novamente os mandados desta ação foram expedidos pelo mesmo ministro que expediu mandatos em ações anteriores da Mãos Limpas João Otávio Noronha do Supremo Tribunal de Justiça.

Os conselheiros e ex-conselheiros envolvidos são: Júlio Miranda aquele preso na primeira investida da polícia federal, um dos caras mais ricos do Amapá, Manoel Antônio Dias com R$31 mil reais em casa (debaixo do colchão) R$16 mil reais com Coracy Campos de Souza chefe da divisão de planejamento do TCE, foram encontrados com a conselheira Margarete Salomão recibos em branco de reembolsos médicos no valor de R$ 800 mil, entre 2006 e 2011 com despesas médicas, assinados por sua irmã médica, será conscidência ou mera semelhança? A polícia federal também visitou a casa do conselheiro Amiraldo da Silva Favacho, e na casa da ex-deputada e ex-conselheira  Raquel Capiberibe, irmã do ex-governador João Capiberibe que tenta reaver seu mandato de senador e tia do governador Camilo Capiberibe, foram apreendidas pasta com documentos com anotações curiosas como o nome das pessoas que não estavam ou não apoiavam Camilo e nomes de pessoas com indicações para cargos no governo, ou seja os amigos e os inimigos do governo. 
 Aconteceram busca na casa dos outras pessoas como Marisete Sousa de Oliveira, assessora da conselheira Margarete, Adilson Barros, chefe da divisão de Contabilidade do tribunal, e dos servidores Paulo Celso da Silva e Souza, Nelci Coelho Vasques, Regildo Wanderley Salomão, Lindoval Queiroz Alcântara e Damilton Barbosa Salomão.

E para completar este mar de corrupção ainda pesa sobre o Amapá, mas uma denúncia de desvio de dinheiro destinado aos povos indígenas da Funasa, pelo senador Gilvan Borges, familiares e assessores, como denotou a reportagem da revista época no dia 16 de maio. As denúncias sobre o fato de que há de três anos atrás, uma força-tarefa federal foi a duas terras indígenas no Amapá e constatou que 20 índios, incluindo recém-nascidos, morreram por negligência e falta de cuidados médicos, causados pelo desvio de verbas públicas. A Polícia Federal investigou o caso, e o resultado é assustador. Os relatórios da CGU expõem a influência do senador Gilvan nas atividades da Funasa no Amapá. O caso mais significativo envolve um convênio firmado em 2006 entre a Funasa e uma ONG, a Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu). Em três anos, a Apitu recebeu R$ 6 milhões da Funasa. Segundo a CGU, o prejuízo para os cofres públicos nesse convênio chegou a R$ 2,8 milhões. O assombro não está na dimensão dos desvios, mas no destino final deles. Depois de receber os recursos do governo, a Apitu repassou R$ 667 mil à AFG Consultores Ltda. Os serviços, diz o relatório, nunca foram prestados. A PF quebrou o sigilo bancário da AFG e mostrou o caminho percorrido pelo dinheiro. Das contas da AFG, os recursos saíram para contas dos comitês eleitorais do PMDB no Amapá, a fim de financiar as campanhas a prefeito de dois irmãos de Gilvan. Um deles, Geovani Borges, compartilha o mandato de senador com o irmão: volta e meia, um sai de licença para que o outro exerça o mandato em Brasília. Hoje quem está no Senado é Geovani. Em julho de 2008, ele exercia o mandato de senador quando a AFG passou R$ 150 mil ao comitê de sua campanha à prefeitura de Santana, no Amapá. Esse dinheiro é quase um terço de tudo o que Geovani declarou à Justiça Eleitoral.
 
Enfim, diante de tamanha corrupção, ao menos as máscaras estão caindo dos caciques corruptos e imorais, espera-se que os envolvidos sejam punidos e que o dinheiro desviado volte para os cofres amapaenses, pois a necessidade da população está evidente diante da terrível crise que o Estado enfrenta com as péssimas condições de serviços essenciais como saúde, educação e segurança. O Amapá precisa abrir os olhos e dá a resposta nas urnas.

Wanda Borges


A violência absurda e desmedida no campo brasileiro

Já não bastasse a crescente violência nas grandes cidades, o Brasil ainda perece de uma brutal violência no campo, onde o desmando secular da elite latifundiária tem poder de vida e de morte junto a classe camponesa e principalmente na maior região do país a região norte. Dentre os Estados da região norte o Pará lidera o ranking de crimes bárbaros contra sindicalistas, ambientalistas, ativistas e até religiosos que ao denunciar a exploração criminosas tanto do meio ambiente, quanto de trabalho escravos, perdem impiedosamente suas vidas, sendo que na maioria das vezes esses crimes são premeditados e anunciados a ferro e fogo. 

O mais absurdo de tudo isso é a inércia dos governos, das autoridades em relação a essa prática criminosa recorrente na região Amazônica principalmente. Somente no Pará em quatro década mais de 800 pessoas morreram por conta dos conflitos com a Terra segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Uma  vergonha desmedida de todos esses crimes covardes, apenas 18 foram a julgamento. Oito pessoas foram condenadas, e somente uma cumpre pena.

São histórias que terrivelmente se repetem. Os que morrem, na maioria das vezes, são pessoas que entram em choque com interesses de latifundiários, fazendeiros e madeireiros ao levar adiante sua luta pelo acesso à terra e pela preservação da natureza.

Foi assim que padeceu o seringalista e símbolo da resistência a favor da distribuição justa da Terra e da preservação do meio ambiente Chico Mendes morto premeditadamente a tiros em sua casa em Xapuri no Acre.  Juntando-se a Chico Mendes temos os 19 sem-terras mortos no massacre em Eldorado dos Carajás sul do Pára em 1996, a missionária americana Dorothy Stang, morta a tiros em 2005 na cidade de Anapu, também no Pará e recentemente o casal de ambientalista José Cláudio e Maria do Espírito Santo mortos a tiros em uma emboscada em Nova Ipixuna no Pará dia 24 de maio e mal enterrou-se José e Maria, foi assassinado brutalmente a tiros ontem 27/05 o  agricultor Adelino Ramos, presidente do Movimento Camponeses Corumbiara (RO) e da Associação dos Camponeses do Amazonas,  em Vista Alegre do Abunã em Rondônia. A Amazônia está manchada de sangue, de impunidade e de falta de atitude do poder público. Quantos mais terão que morrer, para parar essa barbárie?
Wanda Borges
  

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sobre o Enem


O Enem  o Exame Nacional do Ensino Médio  foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) em 1998, a princípio  como uma simples prova de avaliação do desempenho dos estudantes de escolas públicas e particulares. No entanto  e com o passar dos anos ganhou importância relevante e hoje é considerado o exame mais importante do Brasil em termos de avaliação e qualidade de ensino.

As provas do Enem são similares ao exame do vestibular, porém a diferença está em relação  as questões que  são multidisciplinares. Exemplo no vestibular uma questão de física só cobra conhecimentos dessa matéria, no Enem a mesma questão poderia exigir noções de química e matemática também. O conteúdo aplicado  no Enem abrange quatro essenciais  áreas de conhecimento como: Linguagens, códigos e suas tecnologias (inclui redação); ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias. Cada área é divida em 45 questões de múltipla escolha num total geral de 180 questões.

As provas são geralmente aplicadas nos finais de semana a cada ano nos meses de outubro ou novembro e a média pode ser utilizada nos dois semestre do ano seguinte para concorrer a bolsa pelo ProUni (Programa Universidade Para Todos) desde que obedeça os critérios socioeconômicos. Em cada dia de prova duas áreas de conhecimento são cobradas e, no dia do exame de redação, os participantes têm uma hora a mais para responderem as questões. A prova do Enem é repleta de imagens, gráficos e charges, que incentivam o aluno a pensar ao invés de acionar o “decoreba”. Entretanto, os enunciados longos podem tornar o exame um teste de resistência.
 Assim, mesmo que você não consiga passar numa universidade pública, o Enem representa uma chance de você consegui até uma bolsa integral ou parcial em uma faculdade particular. Este ano o Enem vai acontecer nos dias 22 e 23 de outubro. Os documentos necessários para a inscrição são: CPF Cadastro de Pessoa Física e documento de identidade (RG). É importantíssimo que o candidato leia o edital seguindo as instruções como verificar se a inscrição foi concluída com sucesso, guardar número da inscrição e a senha. Elas são indispensáveis para todo o processo do Enem, como inscrição, realização da prova, obtenção dos resultados e participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona os alunos melhores classificados no Enem para vagas em universidades públicas cadastradas.
As inscrições estão abertas desde 23 de maio e vão até 10 de junho no site http://enem.inep.gov.br/ . O valor da taxa de inscrição será de R$ 35. No ato de inscrição é emitida uma guia para ser paga em uma agência bancária até o dia 10 de junho.  A isenção do pagamento da taxa pode ser feita por meio do sistema de inscrição e é conferida ao aluno que vai concluir o ensino médio em 2011 em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar, ou a estudantes que declarar ser membro de família de baixa renda ou estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para isso, deverá apresentar documentos que comprovem sua condição. Os documentos serão analisados pelo Inep que poderá negar a isenção. 
Atualmente mais de 50 universidades públicas aderiram ao Enem.

Espero ter contribuído e tirado dúvidas, desejo boa sorte para todos.

Wanda Borges


quinta-feira, 26 de maio de 2011

O sabor das palavras

Este cantinho é dedicado às palavras, o amor, a emoção e a poesia.
O primeiro convidado é o professor Agnaldo Amaral, Licenciado em Letras e Artes, pós-graduado em Metodologia do Ensino de Língua Materna e suas respectivas literaturas.


O lugar onde moro

O lugar onde moro 
Fica no sul do Amapá.                                               
Às margens do Rio Jari,                                
Fronteira com o Pará.

Aos poucos foi surgindo,                                  
Sobre a margem sinuosa.                               
Eis aqui o nosso Laranjal,                                            
Uma cidade virtuosa...

Suas paisagens naturais,                                    
Exibindo os belos montes.                                
Com suas verdes matas,                                  
Que enfeitam os horizontes.

Nossa referência turística,                              
A cachoeira de Santo Antônio.                              
Cenário de encanto e beleza,                             
A imagem parece um sonho.

Também chamado de vale,                                      
 A terra dos castanhais,                            
Jari de histórias e  contos,                     
De diversidades culturais.                                                                       

Salve !  Laranjal do Jari,                          
Cidade  hospitaleira.                              
De ricas e finas memórias,                        
Esta gente bem brasileira.                                                               

Terra de um povo batalhador,                      
O que nos torna  especiais.                     
Quem aqui chega se apaixona,                            
E não te esquece jamais.
Autor: Agnaldo Amaral

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O direito e o recurso de greve

A história da Greve no mundo tem suas origens no Egito no século XII a.C no reinado do faraó Ramsés III,  no ato denominado Pernas Cruzadas quando trabalhadores recusaram-se a trabalhar por não ter recebido o que fora combinado com o faraó.  Por Amauri Mascaro (MASCARO, 2007.)
Segundo o Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa, o verbete greve afirma: GREVE s.f. (De Grève, nome de uma praça em Paris, onde os operários sem trabalho reuniam-se para serem contratados.) Parada coletiva, voluntária e combinada do trabalho ou do estudo, para obter o atendimento de reivindicações”.
Claramente estado de greve significa sobretudo, um instrumento ou recurso de pressão dos trabalhadores sobre os empregadores, sejam âmbito empresarial ou o Estadual, buscando melhorias na qualidade do trabalho, salários e demais direitos pressupostos em lei. No início as greves não eram consideradas um direito dos trabalhadores, nesse sentido não eram  regulamentadas por lei, hoje são.
Houve um período na história do Brasil, terrivelmente na época da ditadura militar em que as greves foram proibidas e graças ao fim deste triste episódio propriamente em 1988 o direito a greve foi assegurado pela Constituição Federal, lei maior do Brasil, que afirma em seu artigo:
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Ainda para ser mais específica quanto ao direito a greve existe a Lei nº 7.783 de 1989, que dispõe  o seguinte em seus artigos:
Art. 2º Considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador” e que ao empregador, afirma ainda a lei em seu
Art 6º, § 2º “É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento” bem como,
Art. 7º, parágrafo único, “É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como contração de trabalhadores substitutos (…)”.
A intenção deste informativo e esclarecer a sociedade de modo geral, que trabalhadores que se predispõe a decretar estado de greve como o que está acontecendo com os servidores públicos da educação do governo do Estado do Amapá e outros Estados do Brasil, é legítimo e não se trata apenas de interromper suas atividades e se isolar em casa, mas literalmente se reivindicar melhores condições de trabalho, de salários e qualidade da educação. Trata-se de cidadãos que estão lutando por seus direitos e contra o descaso do poder público.
  Penso, que um governo que não prioriza a educação não é capaz de crescer, um governo que desrespeita e desvaloriza o professor não pode ser forte e coerente, pois nenhuma profissão é capaz de ser sem a ação do professor. Portanto o aumento “ofertado” pelo governo do Estado do Estado do Amapá de 3% foi tão irrisório ou seja menor que a inflação, que acabou por produzir grande insatisfação junto a classe trabalhadora, que em Assembleia através do SINSEPEAP (sindicato) optou pelo estado de greve. O fim desse episódio está nas mãos do governador, em negociar com a categoria um percentual justo e digno, melhores condições de trabalho, respeito e cumprimentos de direitos já estabelecidos em lei.
Abraço!
Wanda Borges

terça-feira, 24 de maio de 2011

Enchentes: Problemática ambiental ou social em Laranjal do Jari?

Nos 13 anos de residência em Laranjal do Jari, trabalhando como professora da rede municipal e estadual, tive que vivenciar várias e previsíveis enchentes que assolaram e assolam o Vale do Jari e religiosamente Laranjal do Jari. É fato dizer que a enchente de 2011 pode ser considerada a terceira maior enchente que este município vem sofrendo no decorrer de seus 24 anos de emancipação política.
 Recordo-me  principalmente da enchente de 2000, teve quase as mesmas dimensões que esta de 2011, a cidade baixa ficou submersa pelas águas por quase três meses, houveram mortes, muitos desabrigados, destruição de palafitas,  de escolas, de ruas e comércios. As aulas foram paralisadas, pois as escolas da cidade alta transformaram-se em abrigos, professores foram obrigados a trabalhar nos abrigos e para piorar a situação o município sofreu intervenção estadual  devido o afastamento do prefeito Manoel da Conceição por corrupção ativa. Foi o prato  cheio para se decretar estado de calamidade pública, isto significou que os gestores estavam livres de licitações e prestar contas a sociedade  e ao legislativo sobre o dinheiro gasto com os flagelados da natural enchente.
Também é fato que a cidade baixa da cidade de Laranjal do Jari constituiu-se desordenadamente sobre a margem esquerda do Rio da Castanha( Jari). No entanto mais uma vez e sempre o homem está modificando a paisagem e o curso da natureza e por conta desta invasão está sujeito a sofrer as consequência do grande desiquilíbrio ambiental que o mundo todo está vivendo nos vários continente  do planeta  Terra.  E Laranjal do Jari pelas condições adversas de sua constituição vem enfrentando sérios problemas com as enchentes que de uns dez para cá vem diminuindo os intervalos entre as chamadas grandes enchentes e isso tem produzido um impacto muito grande na sociedade, porém não há políticas públicas que priorizem a retirada total dos moradores da cidade baixa a chamada área de risco. Até agora as soluções apresentadas foram paliativas, um número  pequeno de moradores foram retirados e um número bem maior de moradores acabam retornando para essas áreas de risco devido as condições precárias dos novos bairros que por sinal são longe das escolas, órgãos públicos, do comércio e principalmente sem transporte para assistir a necessidade dos moradores.
 Na minha humilde e talvez até ignorante visão, o grande entrave para que as pessoas deixem definitivamente  a cidade baixa é exatamente a permanência do centro comercial nesta área. Tirando o centro comercial da cidade baixa e promovendo serviços básicos suficiente e de qualidade como saúde, educação, saneamento básico e transporte, poderemos está escrevendo um novo capitulo na História de Laranjal do Jari, no entanto falta vontade política, pressão do poder público para se promova tais retiradas total ou para se tentar  minimizar os impactos das enchentes na vida das pessoas da cidade baixa e do município de forma geral. Deixo a sugestão e mantenho as esperança que um dia nossos governantes possam tentar tornar um Laranjal do Jari melhor e livre do flagelo das enchentes.
Para finalizar deixo os números impressionantes desta enchentes. Cerca de quase 7 mil pessoas estão sofrendo direta e indiretamente com esta terceira grande enchente, o nível da água já chegou a quase 4 m acima do nível normal, 7 bairros inundados, 18  escolas paradas, 10 estão submersas, 8 viraram abrigos.  Então pergunto a vocês caros colegas, a questão da enchente no Laranjal do  Jari é um problema ambiental ou social? Obrigada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
                                                                
Wanda Borges

                                               
                        Vista do bairro Santarém
                                                                
                        Bairro Santarém
                              
                    GM retirando desabrigados 
                                          
                   Área interna da Escola Sônia Henriques Barreto
                                                     
                     Escola Sônia Herniques Barreto

                                           
                     Escola Municipal Vinha de Luz/ Centro
                                              
                     Escola Semente do Saber / Centro    
                                                
                      Trecho da Avenida Tancredo Neves


                       Residência Av. Tancredo Neves