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sábado, 28 de maio de 2011

Amapá e a operação Mãos Limpas

O Amapá não sai das páginas policiais dos jornais brasileiros pelos mesmos motivos: CORRUPÇÃO. Deflagrada com a operação  MÃOS LIMPAS, em setembro de 2010,  quando foram presos  o ex-governador Pedro Paulo Dias, o ex-governador Waldez Góes, sua esposa a delegada e atual deputada federal Marília Góes, Júlio Miranda  conselheiro do tribunal de contas da união e mais 13 presos entre eles vários funcionários públicos que juntos integravam um esquema de corrupção e desvio de verba da educação, saúde, assistência social e segurança, segundo investigações da polícia federal houve o um  desvio de R$ 300 milhões. No entanto nenhum acusado permaneceu preso, porém restou para a população as consequências desses milhões desviado, um Estado sucateado.
No entanto a operação MÃOS LIMPAS, da conta de que está só no começo, pois uma nova investida foi feita em Macapá e novas denúncias, contra as superintendências federais da Agricultura, Aquicultura e Pesca do Estado em 23 de maio onde  foram expedidos 6 mandados de prisão, sendo 3 preventivas e 3 temporárias, inclusive houveram presos reincidentes como o senhor Ruy Carvalho superintendente federal. Essas investigações foram realizadas pela polícia federal com o aval do ministro João Otávio Noronha do Supremo Tribunal de Justiça.
Felizmente a operação Mãos Limpas ainda está em ação e hoje dia 28 de maio, voltou a Macapá, precisamente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão em casa de alguns conselheiros, ex-conselheiros e funcionários públicos em virtude de sérias denúncias de desvio de verbas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), 11 pessoas tiveram que acompanhar os agentes até a superintendência para prestar esclarecimentos. Novamente os mandados desta ação foram expedidos pelo mesmo ministro que expediu mandatos em ações anteriores da Mãos Limpas João Otávio Noronha do Supremo Tribunal de Justiça.

Os conselheiros e ex-conselheiros envolvidos são: Júlio Miranda aquele preso na primeira investida da polícia federal, um dos caras mais ricos do Amapá, Manoel Antônio Dias com R$31 mil reais em casa (debaixo do colchão) R$16 mil reais com Coracy Campos de Souza chefe da divisão de planejamento do TCE, foram encontrados com a conselheira Margarete Salomão recibos em branco de reembolsos médicos no valor de R$ 800 mil, entre 2006 e 2011 com despesas médicas, assinados por sua irmã médica, será conscidência ou mera semelhança? A polícia federal também visitou a casa do conselheiro Amiraldo da Silva Favacho, e na casa da ex-deputada e ex-conselheira  Raquel Capiberibe, irmã do ex-governador João Capiberibe que tenta reaver seu mandato de senador e tia do governador Camilo Capiberibe, foram apreendidas pasta com documentos com anotações curiosas como o nome das pessoas que não estavam ou não apoiavam Camilo e nomes de pessoas com indicações para cargos no governo, ou seja os amigos e os inimigos do governo. 
 Aconteceram busca na casa dos outras pessoas como Marisete Sousa de Oliveira, assessora da conselheira Margarete, Adilson Barros, chefe da divisão de Contabilidade do tribunal, e dos servidores Paulo Celso da Silva e Souza, Nelci Coelho Vasques, Regildo Wanderley Salomão, Lindoval Queiroz Alcântara e Damilton Barbosa Salomão.

E para completar este mar de corrupção ainda pesa sobre o Amapá, mas uma denúncia de desvio de dinheiro destinado aos povos indígenas da Funasa, pelo senador Gilvan Borges, familiares e assessores, como denotou a reportagem da revista época no dia 16 de maio. As denúncias sobre o fato de que há de três anos atrás, uma força-tarefa federal foi a duas terras indígenas no Amapá e constatou que 20 índios, incluindo recém-nascidos, morreram por negligência e falta de cuidados médicos, causados pelo desvio de verbas públicas. A Polícia Federal investigou o caso, e o resultado é assustador. Os relatórios da CGU expõem a influência do senador Gilvan nas atividades da Funasa no Amapá. O caso mais significativo envolve um convênio firmado em 2006 entre a Funasa e uma ONG, a Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu). Em três anos, a Apitu recebeu R$ 6 milhões da Funasa. Segundo a CGU, o prejuízo para os cofres públicos nesse convênio chegou a R$ 2,8 milhões. O assombro não está na dimensão dos desvios, mas no destino final deles. Depois de receber os recursos do governo, a Apitu repassou R$ 667 mil à AFG Consultores Ltda. Os serviços, diz o relatório, nunca foram prestados. A PF quebrou o sigilo bancário da AFG e mostrou o caminho percorrido pelo dinheiro. Das contas da AFG, os recursos saíram para contas dos comitês eleitorais do PMDB no Amapá, a fim de financiar as campanhas a prefeito de dois irmãos de Gilvan. Um deles, Geovani Borges, compartilha o mandato de senador com o irmão: volta e meia, um sai de licença para que o outro exerça o mandato em Brasília. Hoje quem está no Senado é Geovani. Em julho de 2008, ele exercia o mandato de senador quando a AFG passou R$ 150 mil ao comitê de sua campanha à prefeitura de Santana, no Amapá. Esse dinheiro é quase um terço de tudo o que Geovani declarou à Justiça Eleitoral.
 
Enfim, diante de tamanha corrupção, ao menos as máscaras estão caindo dos caciques corruptos e imorais, espera-se que os envolvidos sejam punidos e que o dinheiro desviado volte para os cofres amapaenses, pois a necessidade da população está evidente diante da terrível crise que o Estado enfrenta com as péssimas condições de serviços essenciais como saúde, educação e segurança. O Amapá precisa abrir os olhos e dá a resposta nas urnas.

Wanda Borges


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